O espaço reproduz matéria do portal Mídia Caeté, sobre uma iniciativa das vítimas da desocupação forçada dos bairros no entorno do Pinheiro.
Na matéria assinada pela jornalista Wanessa Oliveira, e intitulada “Carta aberta alerta bancos de que dívida da Braskem é maior do que a empresa anuncia”, o portal, dedicado ao jornalismo investigativo e de ação independente, amplifica a denúncia dos afetados.
Segue o texto:
O Movimento Unificado de Vítimas da Braskem (MUVB) lançou carta aberta direcionada a bancos credores da Braskem.
A carta tem o objetivo de comunicar às instituições financeiras sobre o passivo da empresa, além de alertar que os maiores credores – as vítimas da mineração – também requerem participação nas negociações em relação às dívidas com a mineradora.
O lançamento ocorreu na última quinta-feira (20), na Igreja Batista do Pinheiro, na Coronel Lima Rocha.
O local tornou-se ponto de referência na luta por justiça pelas vítimas da desocupação forçada dos bairros Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e partes da Cambona e Farol, além dos Flexais.
O local foi ponto de encontro para mobilizações e iniciativas de cunho oficial de apoio às vítimas.
De acordo com o economista Elias Fragoso, que idealizou e fundamentou o documento, há quatro pontos principais levantados:
“O alerta em relação ao real tamanho do passivo da empresa em Alagoas, que é muito maior do que ela apregoa; notificá-los da exigência da participação dos maiores credores da empresa: as vítimas privadas do megadesastre que ela provocou dm Maceió; chamar-lhes atenção para o fato de que o megapassivo contraído não prescreve; e informar-lhes da existência de proposta dos credores privados e da disposição de negociar o passivo da empresa para com eles”, descreve o chamado.
Em dezembro de 2024, revistas financeiras passaram a divulgar as negociações entre as controladoras da Braskem, Novonor – antiga Odebrecht – e Petrobras, e os cinco bancos credores da Braskem – Itaú, Banco do Brasil, Santander, Bradesco e BNDES.
Os acordos são de que estas instituições bancárias passem de credores para co-controladores da empresa, adquirindo ações da Novonor, que têm dívidas com os bancos na ordem de R$ 15 milhões.
Segundo a Investnews, as ações dos cinco bancos, então, seriam transferidas para um fundo, que teria um gestor independente.
Wanessa Oliveira — Mídia Caeté