Capas de chuva indicam que barco com corpos tinha ao menos 25 passageiros

Primeiras apurações apontavam para nove corpos, mas suspeita mudou após uma nova pista ser encontrada
Equipes da PF acompanham traslado de embarcação para local de investigação: corporação havia divulgado que embarcação tinha nove corpos, mas suspeita mudou após uma nova pista ser encontrada; vítimas seriam migrantes africanos. (Foto: reprodução)

A Polícia Federal acredita que a embarcação encontrada com corpos em decomposição, na região de Bragança, no Pará, tinha ao menos 25 pessoas quando começou a viagem. Na segunda-feira (13), a corporação havia informado que o barco tinha nove corpos. Porém, após uma nova pista, a suspeita do número total de passageiros mudou.

Conforme divulgado pela imprensa local, a Polícia Federal encontrou 25 capas de chuva no interior da embarcação, sendo 23 na cor verde e duas na cor amarela.

Os documentos encontrados também indicam que as vítimas saíram da Mauritânia e Mali, países do continente africano.

A suspeita é que o barco tenha saído da Mauritânia, país a cerca de 4.000 km da região de Bragança, no Pará, onde o barco foi encontrado.

A PF acredita que a embarcação teria saído após o dia 17 de janeiro deste ano.

Apesar das hipóteses, a corporação afirma que apenas a perícia será capaz de confirmar a verdadeira identidade das vítimas, assim como o local de saída do barco, a causa e o tempo estimado das mortes.

PF tenta identificar vítimas

A embarcação com vários corpos localizada à deriva na costa do Pará, no último sábado, é aguardada para ser periciada no Instituto Médico Legal (IML) de Bragança, no Pará.

O trabalho de identificação será feito por peritos criminais federais da PF do Pará em conjunto com as equipes do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e do Instituto Nacional de Identificação (INI), em Brasília.

O processo vai seguir o protocolo internacional de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI).

Fontes na perícia da Polícia Civil ouvidas pela Itatiaia disseram que as técnicas são semelhantes às utilizadas no rompimento da barragem em Brumadinho (MG).

Fernanda Rodrigues

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