No próximo mês de março, o desastre provocado pela Braskem completa seis anos e permanece em curso.
O tema foi um dos debatidos na abertura dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal de Maceió (CMM), nesta terça-feira (06).
Na primeira sessão ordinária do ano, a vereadora Teca Nelma (PSD) fez pronunciamento mencionando o “crime da petroquímica Braskem que culminou no afundamento e desapropriação de cinco bairros em Maceió”, segundo comunicado distribuído pela representante, por meio de sua assessoria de Comunicação Social.
“Desde o início desse crime muito foi falado, proposto e supostamente realizado. Mas a reparação tão prometida não chegou na conta das vítimas”, relembrou Teca.
“Hoje as comunidades afetadas ainda lutam pelo mínimo. Mais bairros e famílias vêm sendo atingidas diretamente”.
“Toda cidade sofre os impactos da irresponsabilidade de uma empresa que ainda se recusa em incluir as novas áreas afetadas no seu tão mínimo plano de compensação financeira”, criticou a vereadora.
Durante seu discurso, Teca destacou a situação dos moradores dos Flexais, que vivem hoje um processo de ilhamento social, e pontuou o caso das comunidades Vila Saem, Bom Parto, Farol e da rua Marquês de Abrantes que fazem parte da área de risco e buscam inclusão nos programas de indenização da Braskem. A parlamentar questionou também a falta de recursos no fundo de amparo ao morador.
Teca fez um apelo à Câmara pela instauração da Comissão de Inquérito para investigar os crimes cometidos pela Braskem em Maceió.
Teca é autora do requerimento da CEI, que conta com o apoio de 7 vereadores e aguarda mais 2 assinaturas para ser instaurada.
“Eu acredito que nenhum vereador aqui pode aceitar que esta Casa não discuta a perda de 20% do território da nossa cidade. Não podemos nos omitir diante do sofrimento do nosso povo. Eu quero reafirmar a necessidade de uma CEI que investigue todos os impactos desse crime e que possa rever a forma como a Braskem deve indenizar Maceió”, concluiu Teca.