A Unesp decidiu expulsar quatro alunos que obrigaram duas estudantes a beber um litro de cachaça misturada com outros ingredientes, incluindo pimenta.
A situação ficou tão grave que uma delas, que fazia engenharia civil, passou mal, foi levada ao hospital e internada na UTI.
A jovem saiu do hospital apenas após seis dias de tratamento.
De acordo com apuração do UOL, o caso aconteceu no campus de Guaratinguetá. Os alunos expulsos frequentavam a Faculdade de Engenharia e Ciências.
De acordo com o portal Metrópoles, na data do ocorrido, a aluna da Unesp foi supostamente coagida a realizar uma série de flexões e a ingerir bebidas alcoólicas em diversas repúblicas estudantis, onde tais líquidos eram misturados com ingredientes como vinagre, pó de café, mostarda, sal e pimenta.
Devido ao trote violento, ela passou mal, necessitando de cuidados intensivos na UTI.
A vítima formalizou a denúncia junto à Ouvidoria da universidade em 7 de julho e solicitou sua transferência para outra unidade de ensino.
Além dos estudantes expulsos, a nota da Unesp informa que o diretor da universidade impôs suspensão de 120 dias a outros quatro alunos e suspensão de 45 dias a um aluno.
Nenhum dos estudantes punidos teve a identidade revelada.
Segundo a Unesp, a investigação policial também está em curso. Um inquérito está em andamento para apurar o crime de lesão corporal contra sete estudantes da unidade.
A universidade forneceu as informações dos sete indivíduos sob investigação à Polícia Civil.
“Cumpre-nos ainda ressaltar que o processo policial é totalmente distinto do nosso processo disciplinar, de tal modo que suas sentenças, efeitos e decisões são independentes”, informou a instituição educacional na nota.
O foco do processo se concentrou em duas repúblicas, onde o trote teve início e onde ocorreu o grave desfecho.
Quatro comissões adicionais serão formadas para apurar eventos relacionados em outras repúblicas mencionadas na denúncia registrada na Ouvidoria Local.
A universidade também informou que planeja lançar campanhas permanentes de conscientização e combate ao trote.
Além disso, a Comissão Local de Direitos Humanos ficará responsável pela criação de um memorial em homenagem às vítimas do trote.