Cabo Bebeto reafirma apoio a Júnior Dâmaso em Marechal Deodoro

Parlamentar se mostra contrariado com escolha de Cristiano Matheus como candidato pelo PL – por isso não vai apoiá-lo
Cabo Bebeto: para o representante bolsonarista na Assembleia, critério deveria ser posição do político na eleição de 2022 – Cristiano Matheus pediu voto para Lula; “o mais importante é prestigiar as pessoas que lutam pelo mesmo ideal, que defenderam a mesma bandeira, ‘empurraram o carro’ junto”, reitera. (Foto: reprodução)

O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) reafirmou posição de que não vai apoiar o pré-candidato definido por seu partido à prefeitura de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus.

“Vou apoiar Júnior Dâmaso”, enfatiza, referindo-se ao pré-candidato pelo Republicanos.

Mais destacado apoiador bolsonarista na Assembleia Legislativa, Cabo Bebeto defende que o critério para definição dos nomes do partido que disputarão prefeituras em outubro seja o do lado em que o político esteve na eleição presidencial de 2022.

“Se eu fosse o presidente do partido, ou se eu fosse o Bolsonaro, certamente seríamos – digamos – mais radical”, diz o parlamentar.

“E na minha teoria, no mínimo, a pessoa teria que ser neutra”.

“O ideal é que ele fosse bolsonarista assumido, mas, se ele fosse neutro, ele teria ‘meia porta aberta’, mas, jamais eu imaginaria de entregar o PL em algum município a alguém que pediu voto para o Lula”, reitera.

“A política é uma arte de concessão: para conseguir uma coisa, você tem que ceder em outra; faz parte da política”, resignar-se.

“Lamento, lamento porque eu seira radical nisso daí; no PL temos boas pessoas, às vezes de menor expressão, mas, são boas pessoas e essas mereciam ser prestigiadas”.

Mas, apesar de ratificar que estará “no palanque” de um adversário de seu próprio partido, o bolsonarista descartar adotar medidas de cunho prático mais fortes.

“Sou uma pessoa republicana, respeito as decisões das autoridades que têm o poder para isso; JHC é o presidente do partido, a decisão é dele”, respondeu, quando questionado sobre isso.

“Questionei até onde eu pude, reclamei até onde eu pude, mas, jamais eu sairia dessa esfera para discutir essa matéria, nem com o presidente do PL nacional, nem judicialmente – discordo totalmente, mas, respeito a escolha dele”, acrescentando que, além do prefeito de Maceió, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, têm mais propriedade para fazer a escolha, “e tenha achado, por vontade própria de entregar o partido para alguém que fez campanha para o Lula porque a pessoa se redimiu ou porque tenha uma relação maios estreita com ele – e a pessoa se redimiu, mesmo” diz o deputado.

“Da mesma forma que temos eleitores que se arrependem, podemos ter políticos, pré-candidatos que hoje se arrepende do Lula e acha que hoje é melhor o Bolsonaro”, argumenta, embora frisando que nem mesmo o ex-presidente o faria mudar de ideia.

“O mais importante, na minha opinião, é prestigiar as pessoas que lutam pelo mesmo ideal, que sempre defenderam a mesma bandeira, ‘empurraram o carro’ junto”, reitera.

“Mas, volto a dizer: não sou presidente do partido; cabe a mim aceitar, mas, não concordar”.

“Eu sou livre opara concordar ou discordar e discordo totalmente dessa ida do PL para o Cristiano Mateus”.

Ex-prefeito da cidade por dois mandatos, Cristiano Matheus disse ao portal que já respondeu ao parlamentar sobre sua posição de não o apoiar na eleição.

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