A morte do empresário baiano Cleriston Pereira da Cunha foi lamentada pelo deputado estadual Cabo Bebeto (PL).
A manifestação do parlamentar se deu na sessão da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) desta terça-feira (21).
Cleriston tinha 46 anos e estava preso no complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, acusado de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Segundo autoridades do sistema penitenciário do DF, Cleriston teve um mal súbito, durante o banho de sol dos presos, nessa segunda-feira (20).
Cabo Bebeto disse que “é revoltante saber que constavam, no processo, laudos anexados pelo advogado de Cleriston, que relatavam os problemas de saúde decorrentes da Covid-19 e que fazia uso de medicação diária e, em caso de não utilização dos remédios, corria o risco iminente de sofrer um mal súbito e ir a óbito, o que infelizmente ocorreu”.
Com quadro clínico delicado, Cleriston tinha obtido parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF) para sua soltura no final de agosto. Faltava apenas o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), analisar o documento e proceder com a liberdade provisória, lembrou o parlamentar.
No entanto, “passaram-se mais de dois meses e o Ministro não analisou nada e, infelizmente, o que foi advertido várias vezes pelos médicos e advogados aconteceu”, disse Cabo Bebeto, acrescentando que “o descaso e a negligência, literalmente mataram Cleriston”.
Ainda em seu pronunciamento Cabo Bebeto destacou que independente de ideologia, qualquer brasileiro reconhece que as penas aplicadas são arbitrárias. “Lamento que ‘os poderes’ assistam a tudo isso sentados. Alexandre de Moraes extrapolou todos os limites de suas funções”, concluiu.
ASCOM Cabo Bebeto