Representantes da mineradora Braskem vão encaminhar ao MPF diagnóstico dos impactos para a rede municipal de ensino de Maceió, pelo afundamento de solo em pelo menos quatro bairros da capital, em decorrência da ação da mineradora.
O documento será encaminhado Procuradoria da República em Alagoas, Ministério Público Estadual e à Defensoria Pública da União.
A medida foi definida em reunião, nesta sexta-feira (10), na sede da Defensoria Pública da União (DPU), de representantes dos segmentos envolvidos.
A estimativa da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) é de que cerca de 1,2 mil alunos tenham sido afetados em cinco unidades da rede: as escolas municipais Padre Brandão Lima, Major Bonifácio e Edécio Lopes e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI, denominação das creches) Luiz Calheiros Júnior e Braga Neto.
O documento foi produzido com base em entrevistas, pesquisas e tabulações de dados fornecidos pela Secretaria de Educação de Maceió (Semed), obtidos com a população afetada pelo grupo de trabalho denominado Comissão de Acompanhamento das Demandas Relativas à Desocupação dos Bairros Afetados pela Mineração da Braskem.
De acordo com a secretária municipal de Educação, a pasta ainda está lidando com a necessidade de reparação dos danos para a rede municipal de ensino e “vem traçando soluções para reparar os impactos do desastre ambiental”, de acordo com informe da Secretaria.
“Desde a apresentação preliminar do resultado, nós já discutimos na comissão algumas soluções para esses danos que a educação pública municipal sofreu. Mas precisamos ouvir todos os técnicos que acompanham a situação desde o início, tendo em vista que todos os trabalhos e conclusões foram feitas em forma de comissão”, disse a secretária – segundo o informe.
Com informações – Julita Bittencourt/ASCOM/SEMED