Jair Bolsonaro (PL) ficou furioso com o presidente de seu partido, Valdemar Costa Neto, por sua decisão de dar continuidade a uma ação que pode resultar na cassação do mandato do ex-juiz parcial e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR), informa Igor Gadelha, do Metrópoles.
Durante uma reunião com aliados na sede do PL, em Brasília, na terça-feira (16), Bolsonaro não poupou palavras ao desaprovar a postura de Valdemar e questionou a justificativa apresentada pelo líder.
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente do PL explicou que se viu obrigado a prosseguir com a ação contra o ex-juiz suspeito da Lava Jato devido a possíveis consequências financeiras: desistir do processo acarretaria uma multa de mais de R$ 1 milhão aos advogados contratados pelo partido para conduzir o caso.
A controvérsia teve origem em uma ação movida pelo PL e pelo PT junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, acusando Moro de abuso de poder econômico durante as eleições de 2022.
No entanto, na semana passada, o TRE absolveu Moro, decisão que não foi aceita pelo PL, que anunciou intenção de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apesar dos apelos de Bolsonaro, que instou Valdemar a desistir da ação, o presidente do PL optou por ignorar tais solicitações.
Auxiliares de Bolsonaro argumentam que a impossibilidade de contato direto entre o ex-presidente e Valdemar tem sido aproveitada pelo líder partidário para seguir com o processo contra Moro.
Brasil 247 — citando Igor Gadelha / Metrópoles