Assembleia autoriza aumento de limite para governo remanejar orçamento

Executivo tinha pedido limite de 40%; deputados aprovaram limite de 30% – decisão vai à sanção governamental
Assembleia: limite foi menor, mas, considerado em percentual que dá “para satisfazer” necessidades de remanejamento para o Executivo. (Foto: reprodução)

A Assembleia Legislativa aprovou aumento no limite para que o Executivo (governo) possa fazer remanejamentos no orçamento de 2023. 

No texto enviado pelo governo, a solicitação era de limite no percentual de 40%, mas, os deputados aprovaram a autorização em índice inferior: de 30%. 

Este é o limite para que o governo possa remanejar recursos entre áreas de atuação, sem que, para cada mudança, tenha que pedir autorização do Poder Legislativo. 

Na avaliação do Executivo, limites baixos “engessam” a execução orçamentária; na do Legislativo, limites altos representam uma espécie de “cheque em branco” para o governo – e ausência de controle na aplicação dos recursos; uma das obrigações de casas legislativas. 

O limite para remanejamento é um dos embates mais comuns entre legislativos, que aprovam os orçamentos, e autoridades gestoras, que os executam. 

A questão se dá não apenas nos diferentes níveis dessas esferas de governo – municipal, estadual ou da União – no Brasil, mas, também, em outros países. 

Em geral, os responsáveis por executar o orçamento – os governos – pedem limites maiores do que os aprovados por câmaras, assembleias, congressos e parlamentos. 

No caso da matéria aprovada na sessão desta terça-feira (07), o texto passou pela Comissão de Orçamento e Finanças, antes de chegar ao plenário, para votação. 

A comissão é presidida pelo deputado Gilvan Barros Filho (MDB). 

A reportagem apurou que, mesmo com a matéria ainda tendo que ser submetida à sanção do governador Paulo Dantas (MDB), não há expectativa de que venha a ser vetada, já que o governo pediu um percentual maior. 

“É suficiente e deve satisfazer [o Executivo], afinal, é matéria do interesse do governo, para poder concluir sua execução orçamentária”, avalia pessoa ouvida pela reportagem. 

Leia também