ALE aprova impedir venda de ultraprocessados em escolas públicas e privadas

Segundo o deputado autor da proposta, Doutor Wanderley, ideia é “prevenir doenças” e até girar economia, principalmente nos municípios pequenos
Para o autor, deputado Doutor Wanderley, a ideia é “ajudar a prevenir doença, sentido maior da saúde pública”, justificou, lembrando que construção da proposta foi negociada com empresas que industrializam os ultraprocessados; permitirá que escolas e nutricionistas aproveitem produtos naturais provenientes da agricultura familiar, além de destacar que compartilhava o projeto com as deputadas Fátima Canuto e Cibele Moura (ambas do MDB), “as quais considero coautoras”, declarou Doutor Wanderley. (Foto: reprodução / Comunicação / ALE)

A Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade e em turno final, projeto de lei de iniciativa do deputado Doutor Wanderley (MDB) que “dispõe sobre a proibição da oferta e comercialização de alimentos ultraprocessados nas unidades escolares das redes pública e privada”.

De acordo com a proposta, os estabelecimentos de ensino terão 180 dias para se adequarem à norma.

O projeto segue agora para sanção governamental.

Após a aprovação, Doutor Wanderley agradeceu aos colegas de plenário e ressaltou a importância da legislação para a saúde pública.

Segundo o parlamentar, estudos comprovam que, na fase de desenvolvimento da criança, especialmente na primeira infância, o consumo frequente desses produtos pode levar, mesmo sem determinismo genético, ao desenvolvimento de doenças crônicas.

“Principalmente as doenças cardiovasculares e o câncer”.

“A proposta vai ajudar a prevenir essas doenças, que é o sentido maior da saúde pública”, justificou Wanderley.

Por outro lado, prosseguiu o parlamentar, a medida permitirá que escolas e nutricionistas aproveitem produtos naturais provenientes da agricultura familiar no cardápio dos alunos.

“Girando a economia do Estado, principalmente nos municípios pequenos”.

“Gostaria de compartilhar esse projeto com as deputadas Fátima Canuto e Cibele Moura (ambas do MDB), as quais considero coautoras”, declarou Doutor Wanderley, lembrando que a construção da proposta envolveu ampla negociação com representantes das empresas que industrializam os alimentos ultraprocessados.

“Conseguimos contornar as dificuldades e chegar a um objetivo comum, que é o de proibir o acesso desses alimentos nas cantinas das redes pública e privada de educação”, acrescentou o deputado, informando ainda que fará um apelo ao Governo do Estado para que sancione a matéria sem vetos, em benefício da saúde pública.

Comunicação / ALE

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