Anunciado Observatório da Pessoa em Situação de Rua para julho

Censo traçará perfil da população e será ferramenta para enfrentar o problema, dizem gestores
Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social anunciou a criação do Observatório da Pessoa em Situação de Rua; um dos primeiros focos da atuação será a Praça Sinimbu. (Foto: reprodução)

O Governo de Alagoas vai lançar, em julho, o Observatório da Pessoa em Situação de Rua — uma plataforma que reunirá todas as ações do Estado voltadas para essa população e trará transparência aos dados do primeiro censo sobre pessoas em situação de rua no estado.

O objetivo é traçar o perfil dessa população, identificar seus principais pontos de concentração e garantir políticas públicas mais efetivas de acolhimento, moradia, saúde e assistência social.

Durante reunião, na última quarta-feira (25), com representantes de diversas secretarias e do Conselho Estadual de Direitos Humanos, a secretária de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Kátia Born, anunciou a criação do Observatório da Pessoa em Situação de Rua.

A plataforma terá como objetivo dar transparência ao diagnóstico e reunir todas as ações do Governo de Alagoas voltadas para essa população.

A construção do observatório será conduzida por três secretarias de Estado.

Segundo a secretária Kátia Born, o foco principal da iniciativa é o acolhimento das famílias.

“Não é fácil retirar as pessoas das ruas”.

“É preciso uma ação conjunta, em que todas as secretarias se envolvam com suas expertises”.

“A nossa proposta é construir algo maior, que alcance todos”.

“A primeira etapa é essa: criar o observatório com foco em acolhimento e humanização”, afirmou a secretária.

O observatório será lançado em julho, com a divulgação dos dados sobre os principais pontos de concentração de famílias sem moradia em Maceió.

A pesquisa de campo, que será feita nos próximos dias, também deverá apontar quais benefícios sociais já são acessados por essa população e, nos casos em que não houver inclusão, garantir o encaminhamento aos programas disponíveis.

Ações integradas já estão em curso

Após anunciar a ampliação das vagas de acolhimento, o Governo do Estado iniciou os preparativos para o levantamento inédito.

A iniciativa visa garantir o atendimento universalizado dessa população, identificando quem deseja receber moradia, aluguel social ou ser encaminhado a unidades de saúde — ao mesmo tempo em que busca reduzir os índices de violência que atingem esse grupo.

Na última quinta-feira (18), o Governo do Estado deu início à maior ação integrada já realizada em Alagoas para o acolhimento de pessoas em situação de rua.

Sob a liderança do governador Paulo Dantas, a operação articula políticas públicas nas áreas de assistência social, saúde, habitação e segurança, com o objetivo de garantir dignidade, proteção e reinserção social.

O principal foco da ação foi a Praça Sinimbu, no centro de Maceió, onde 28 famílias foram conduzidas para acolhimento institucional e passaram a receber apoio social, em parceria com a Prefeitura de Maceió.

Plano Estadual de Acolhimento

O Governo de Alagoas está triplicando a oferta de vagas em casas de acolhimento, passando de 160 para 480.

Além disso, vai universalizar o aluguel social no valor de R$ 800 para todas as pessoas cadastradas pelas equipes técnicas, ao mesmo tempo em que amplia a entrega de moradias definitivas, fortalecendo as políticas públicas de habitação e estabilidade.

A saúde mental é outro pilar prioritário.

Uma frente específica foi mobilizada para o atendimento de pessoas com transtornos mentais e dependência química, integrando a Rede de Atenção Psicossocial estadual.

“Acolher também é cuidar da saúde mental e oferecer condições reais de reconstrução de vida”, destacou Kátia Born.

Ana Beatriz Rodrigues / Agência Alagoas

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