O município de Feira Grande, interior de Alagoas, registrou 47 tremores de terra em menos de duas semanas. 44 deles foram registrados em apenas três dias.
Os dados são do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN).
Essa sequência de tremores de terra registrada está chamando a atenção da comunidade científica brasileira.
O “enxame sísmico” é um fenômeno que se configura quando um tremor de terra não ocorre de forma isolada.
Ao contrário, são diversos abalos que surgem de maneira associada.
Um tremor inicia o processo e, como que ecoando o primeiro, vão ocorrendo várias réplicas com tremores secundários.
Segundo um grupo de universitários desenvolve pesquisas sobre tremores de terra no Agreste, existem falhas e zonas de cisalhamento em toda a região, e que resultam em deslocamento e acomodação das rochas abaixo da superfície.
“Muito provavelmente algumas falhas geológicas na região devem estar sendo reativadas”.
“Esses eventos impossíveis de serem previsto, por isso, o monitoramento é a ferramenta para essa situação e informar aos órgãos da Defesa Civil”, disse o pesquisador da UFRN, Anderson Nascimento.
Na madrugada de sexta-feira (10), um novo abalo foi registrado pelo LabSis.
O sismo ocorreu às 4h15 da madrugada e teve magnitude 1.5 na Escala Richter.
Ainda de acordo com o LabSis, o tremor foi registrado a 9,9 quilômetros de profundidade.
Desde o dia 29 de abril que o sistema de monitoramento vem detectando uma sequência de tremores de terra na mesma região.
No total, foram registrados 26 sismos de baixa magnitude.
Na terça-feira (30), mais dois abalos de baixa intensidade atingiram a região.
O primeiro às 23h53 e o segundo às 23h55 UTC (20h55, horário de Brasília), ambos de magnitude 1.4 mR.