A Agência Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) vai acompanhar as investigações sobre o acidente que resultou da explosão do propulsor da Starship OFT-2 da SpaceX.
O acidente aconteceu nesse sábado (18) e destruiu o próprio veículo, o maior já construído para viagens espaciais.
“A FAA supervisionará investigação de acidente liderada por SpaceX, para garantir que a SpaceX cumpra seu plano de investigação de acidente aprovado pela FAA e outros requisitos regulatórios”, diz comunicado da agência, publicado em conta de rede social – o X (antigo Twitter), hoje, de propriedade do bilionário Elon Musk, e mesmo dono da investigada.
O lançamento, realizado de ponto no litoral do Texas (no Golfo do México), e acompanhado em tempo real em todo o mundo, foi comemorado como um feito, por se tratar do maior veículo espacial.
Com 120 metros de altura, perde, em altura, apenas para construções como a CN Tower, no Canadá (553 metros de altura), e a Torre Eiffel (330m), e monumentos como a Pirâmide de Gizé (ou Grande Pirâmide, com 139m).
Porém, é mais alto que a Estatua da Liberdade (93m) e o Cristo Redentor (38m).
No entanto, o feito não se concretizou porque a nave não conseguiu entrar em órbita.
A estrutura que explodiu estava a 90 quilômetros de altitude e a mais de 3,8 mil quilômetros por hora, três minutos após o lançamento.
Já tinha ocorrido a separação da estrutura da nave, mas, os controladores perderam contato com a SpaceX.
De acordo com as agências de notícias, a empresa admitiu que a explosão não estava programada.
Em outras ocasiões, os testes consideravam essa possibilidade e este era até um recurso dos controladores, já previsto, após as estruturas cumprirem certo estágio do voo.
A nave está sendo testada desde 2019 (sem o propulsor Super Heavy), mas o primeiro pouso bem-sucedido só aconteceu em 2021.
“Um acidente aconteceu durante o lançamento SpaceX da Starship OFT-2, de Boca Chica, no Texas, no sábado, 18 de novembro”, diz trecho seguinte do comunicado da agência, em que “marcou” a empresa de Musk na rede social – ou seja, acionou o comando para que a mensagem fosse obrigatoriamente visualizada pela companhia, também.
O acompanhamento por autoridades públicas se justifica não só pelas dimensões do projeto, como pela já manifestada intenção da empresa do bilionário de fazer viagens espaciais turísticas.
Quando pronta, a nave poderá transportar até 100 pessoas, é projetada para ser reutilizável e terá capacidade para transportar até 250 toneladas (se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada).
Além disso, a estrutura da empresa de Elon Musk será usada na missão Artemis 3, da NASA, que levará astronautas de volta à Lua, em 2025, e suas três primeiras missões serão destinadas a turismo espaciais, das quais duas darão uma volta em torno do satélite natural do nosso planeta.
E, no futuro, também está nos planos da empresa transportar pessoas e cargas até Marte.
“A anomalia resultou na perda do veículo. Não foram relatados feridos ou danos à propriedade pública”, acrescenta o comunicado da FAA.
Com G1