O advogado Geraldo Carvalho foi agredido na sala de espera de uma das Varas do Trabalho, que funcionam no Fórum Quintella Cavalcanti, na Avenida da Paz.
A agressão aconteceu na sala da 7ª VT, no sétimo andar do prédio, próximo à sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Alagoas, situado alguns imóveis depois.
O advogado publicou vídeo da agressão, recuperado de câmeras de segurança, e posto a gravação em seu perfil numa rede social.
No mesmo espaço, ele mesmo descreveu o episódio.
Segue a descrição, feita pelo advogado:
No dia de ontem, fui ameaçado e fisicamente agredido pelo proprietário de uma empresa, na sala de espera de uma audiência da sétima Vara do Trabalho, e me defendi repelindo a agressão, conforme vídeo integralmente registrado que agora torno público.
Passei a tarde na delegacia registrando a ocorrência, pois, infelizmente, nada de concreto foi feito no momento da ocorrência para que se realizasse a prisão em flagrante por coação processual, ameaça, lesão corporal e dano, apesar das testemunhas presentes, imagens registradas e da existência de força policial no prédio da Justiça do Trabalho, a quem é direcionado o dever legal de prender o autor de delito no momento da ocorrência do crime.
Após registrar a ocorrência na delegacia da Polícia Civil, fui ao Instituto Médico Legal fazer exame de corpo de delito para documentar algumas lesões físicas que cheguei a sofrer, nada grave. Todas as provas do fato já estão à disposição da Polícia Civil, para instrução do inquérito e ação penal.
Ao longo dos mais de 9 anos de profissão, posso dizer que este foi o momento mais triste que já vivi naquela Justiça do Trabalho. Faltam-me palavras para descrever o que foi sofrer tal violência no meu ambiente de trabalho.
Preocupa-me o que alguém capaz de agredir um advogado dentro de um órgão de amparo ao trabalhador pode fazer fora dele.
Em trecho seguinte, o profissional do Direito relatou mensagens de solidariedade que recebeu e escreveu mensagens de agradecimento.
Veja este trecho.
Mas, as medidas cabíveis contra o agressor foram adotadas por meio das instituições competentes, juntamente com o apoio integral da minha família e amigos, a quem agradeço imensamente. Amo vocês.
E aos amigos e amigas da advocacia (indivíduos e instituições), servidores públicos, terceirizados e clientes que me prestaram sua solidariedade, muito obrigado pela preocupação e carinho. Jamais esquecerei.
Apesar do triste episódio ocorrido, não há ameaça, violência ou negligência que me fará recuar no exercício da advocacia e na proteção dos direitos sociais. Sou e serei Advogado, na condição que for preciso ser.
Com redes sociais