O julgamento do homem acusado de matar a ex-esposa Joana Mendes com 32 facadas em Maceió, que aconteceria na segunda-feira (18), foi adiado.
A decisão foi tomada pelo juiz Yulli Rotter depois que o réu foi preso na quinta-feira (14), em Atalaia, em cumprimento a um mandado de prisão.
Segundo advogados da família da vítima, a prisão de Arnóbio Henrique Melo foi decretada porque ele teria fraudado um laudo médico que seria usado para pedir a declaração de insanidade mental, que poderia atenuar ou até livrá-lo da pena no processo de feminicídio, ocorrido em 2016.
O G1 (responsável por esta reportagem) tenta contato com a defesa do réu, mas não havia conseguido resposta até a última atualização dessa reportagem.
O julgamento do caso foi remarcado para o dia 1º de fevereiro em “razão de alguns requerimentos da defesa”, explicou o juiz Yulli Rotter à produção da TV Gazeta.
Arnóbio Henrique Melo foi preso após se apresentar na delegacia de Atalaia, interior do estado, devido ao mandado judicial que tinha contra ele.
Em seguida, o réu foi transferido para o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Murici.
O crime aconteceu no Conjunto Santo Eduardo.
Joana de Oliveira Mendes foi encontrada morta dentro de um carro. O corpo estava no banco do passageiro do veículo que foi abandonado em uma rua de pouco movimento. À época, a defesa do acusado disse que ele confessou que matou a ex-esposa, mas não se lembrava dos detalhes.
Várias testemunhas foram ouvidas ao longo do processo e afirmaram que o réu era violento. O casal estava em processo de divórcio e ele não aceitava o fim do relacionamento. Consta nos autos que o acusado marcou um encontro com a vítima para conversar sobre um acordo de pensão para o filho menor, então com apenas dois anos de idade.
Logo após o crime, Arnóbio teve a prisão preventiva decretada. Em junho de 2021, a defesa conseguiu uma revogação preventiva para que ele aguardasse o julgamento em liberdade, sob medidas cautelares.