Acampamento em hospital de Gaza é bombardeado e 4 morrem, diz OMS

Organização Mundial da Saúde confirmou ataque contra o complexo hospitalar de Al-Aqsa, no centro de Gaza, neste domingo (31)
Palestinos observam destroços em acampamento que funcionava dentro de complexo hospitalar na Faixa de Gaza. (Foto: reprodução / AFP)

Um bombardeio israelense contra o hospital de Al Aqsa, no centro de Gaza, deixou quatro mortos e 17 feridos, afirmou, neste domingo (31), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) em uma mensagem na rede social X.

“Uma equipe da OMS estava em uma missão humanitária no hospital de Al Aqsa em #Gaza quando um acampamento dentro do complexo hospitalar foi atingido hoje por um ataque aéreo israelense.

Quatro pessoas morreram e 17 ficaram feridas”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O diretor da OMS acrescentou que os funcionários da organização estão em segurança. Não foram divulgados detalhes sobre as vítimas.

Segundo Tedros, a equipe da OMS estava no hospital para avaliar as necessidades e recolher incubadoras para enviá-las para o norte de Gaza.

“Pedimos novamente que se protejam os pacientes, o pessoal de saúde e as missões humanitárias”, acrescentou o diretor.

Tedros reiterou que “os ataques em curso e a militarização dos hospitais devem parar”.

“O direito internacional humanitário deve ser respeitado”, enfatizou.

“Exortamos as partes a cumprirem a resolução do Conselho de Segurança da ONU e o cessar-fogo”, acrescentou.

O cessar-fogo deveria permitir libertar os reféns e levar ajuda humanitária ao território, onde organizações internacionais alertam para o risco de fome que ameaça 2,4 milhões de habitantes de Gaza.

Segundo a OMS, restam apenas dez hospitais no território palestino funcionando “minimamente”, frente aos 36 que operavam antes da guerra.

A ofensiva israelense lançada em Gaza, em retaliação ao ataque do Hamas ao território de Israel em 7 de outubro, já deixou 32.782 mortos, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamista palestino.

O ataque do Hamas, qualificado como organização “terrorista” por Israel, Estados Unidos e União Europeia, deixou pelo menos 1.160 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP com base em dados israelenses.

AFP

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