Poliomielite: crianças não vacinadas na Campanha podem seguir calendário nacional

Vacinação foi encerrada após 21 dias de aplicação, mas, crianças não imunizadas seguirão esquema do calendário nacional
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite 2024 foi encerrada na última sexta-feira (14), em Alagoas. (Foto: reprodução / Carla Cleto)

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite 2024 foi encerrada na sexta-feira (14) e, após 21 dias de execução, Alagoas alcançou a marca de 14.617 crianças vacinadas na faixa etária de 1 ano a menores de 5 anos, o que corresponde a 7,76% das 188.313 que integravam o público-alvo.

Com isso, a partir de agora, os pequenos que não foram imunizados seguirão o esquema do Calendário Nacional de Vacinação, conforme determinação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde (MS).

O esquema do Calendário Nacional de Vacinação contra a Poliomielite compreende a aplicação de três doses do imunizante VIP Injetável aos 2, 4 e 6 meses de vida.

Posteriormente, os pais devem se dirigir aos postos de vacinação municipais, munidos da Caderneta de Vacinação, para que sejam aplicados dois reforços, que devem ser ministrados às crianças com 15 meses de vida e 4 anos de idade, sendo utilizado desta vez o imunizante VOP Oral.

Em Alagoas a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite imunizou 14.617 crianças na faixa etária de 1 ano a menores de 5 anos

Conforme a assessora do PNI em Alagoas, enfermeira Rafaela Siqueira, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite 2024 teve o intuito de conter o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil. Isso porque em 2023 a Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC) classificou o Brasil como País com alto risco para a reintrodução do poliovírus selvagem.

“Como sabemos, a poliomielite é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus selvagem e que pode infectar adultos e crianças, sendo as vacinas VIP Injetável e VOP Oral as formas eficazes de prevenção”.

“Alertamos os pais alagoanos para que fiquem atentos à Caderneta e Vacinação de seus filhos, porque a poliomielite é uma doença grave, que pode levar à morte e causar paralisia de uma das pernas, pé torto, dores nas articulações e atingir também outros músculos que podem prejudicar a fala e a deglutição”, frisou Rafaela Siqueira.

A assessora do PNI/AL. enfermeira Rafaela Siqueira, ressaltou que os pais devem ficar atentos às Cadernetas de Vacinação de seus filhos para completar o esquema vacinal, uma vez que a poliomielite é uma doença grave que pode levar à morte e causar paralisia

Histórico

O último caso de poliomielite diagnosticado no Brasil ocorreu em 1989, no município de Sousa, na Paraíba (PB).

Com isso, desde 1990, portanto há 34 anos, não são registrados casos da doença em território brasileiro. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a Certificação de área livre de circulação da Poliomielite, assim como os demais países das Américas.

Josenildo Torres; repórter: Josenildo Törres

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