O presidente nacional do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior, foi um dos alvos da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (12), durante a operação Fundo do Poço, que apura desvios de recursos dos fundos partidário e eleitoral durante a campanha de 2022.
Eurípedes – que também foi dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), – é um dos alvos de mandado de prisão preventiva; dos sete que foram expedidos, apenas o dele ainda não foi cumprido.
A PF faz buscas para localizar o político.
Os mandados são cumpridos no Distrito Federal, em Goiás e São Paulo, sendo em endereços ligados ao político e locais pertencentes ao Solidariedade.
Em Brasília (DF), quatro ex-candidatos a deputados distritais pelo Pros também são alvos de buscas. A PF aponta que as candidaturas foram laranja, para recebimento de dinheiro do fundo partidário.
Segundo a investigação da PF, em apenas uma candidatura laranja houve um repasse de R$ 2 milhões. Em outra, R$ 1,5 milhão.
O total de desvio atribuído ao presidente da legenda é de R$ 36 milhões, mas os investigadores dizem que o número pode ser ainda maior.
As fraudes antigas, segundo a PF, aconteceram entre 2019 até o ano passado. A tesoureira do Pros, à época, também é alvo da PF nesta terça.
A assessoria do Solidariedade e a defesa de Eurípedes Júnior foram procurados pela reportagem da Itatiaia, mas ainda não se manifestaram.
Compra de helicóptero
A Polícia Federal aponta, ainda, que Eurípedes Júnior comprou um helicóptero para si com dinheiro público, desviado do fundo eleitoral.
Em 2015, a aeronave foi comprada por R$ 2,4 milhões, cerca de R$ 5 milhões em valores atuais.
O helicóptero é um Robinson R66 Turbine, e, assim como imóveis e outros veículos, faz parte de uma série de aquisições irregulares do partido durante a gestão de Eurípedes Júnior, segundo apurações da Polícia Federal.
As investigações apontam que ele usava o helicóptero para fins pessoais em deslocamentos de Planaltina (GO), onde tem residência, até a sede do partido, em Brasília.
A PF também diz que o político desviou maquinários de obras particulares. Por conta desses casos, ele é investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto e os demais relacionados a crimes eleitorais.
Ministro
Em outro caso envolve políticos, dirigentes nacionais de partido e de âmbito nacional, nesta quarta-feira (12), a Polícia Federal concluiu que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), integra uma organização criminosa e cometeu o crime de corrupção passiva.
A informação é da CNN.
O caso envolve supostos desvios de recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro público da estatal federal Codevasf.
Itatiaia — citando CNN e com agências


