Servidores e professores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (03).
A decisão foi tomada em assembleia realizada na semana passada.
Segundo a categoria, a greve atinge todos os campi do Estado.
Nesta quarta, todas as aulas foram suspensas em Maceió.
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintetfal), os servidores acompanham a mobilização nacional que pede a recomposição salarial.
“Nossa greve começou hoje com uma grande adesão”, afirma Yuri Buarque.
“Mais de 20 institutos em todo o país estão em greve”.
“Nós pedimos a recomposição do orçamento dos institutos federais de ensino”.
“Além disso, pedimos também que a nossa aposentadoria volte para o Ifal e saia do INSS”.
A reportagem do G1 (responsável por esta cobertura) entrou em contato com o Ifal, que informou que reconhece a legalidade da greve e que respeita as pautas da categoria.
Disse ainda que os estudantes dos campi busquem informações nas diretorias sobre manutenção das aulas e horários de funcionamento dos institutos durante a greve (confira nota abaixo na íntegra).
A greve atinge as aulas dos cursos técnicos, superior, pós-graduação e mestrados. Entraram em greve os campi de:
Arapiraca
Batalha
Coruripe
Maceió
Maragogi
Marechal Deodoro
Murici
Palmeira dos Índios
Penedo
Piranhas
Rio Largo
Santana do Ipanema
São Miguel dos Campos
Satuba
Viçosa
Nota do Ifal
Confira a nota emitida pela Reitoria:
A gestão do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) reconhece o processo de construção e de legitimidade do atual movimento de greve nacional, que no âmbito local é liderado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintietfal), filiado ao Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
Acompanhamos com atenção e respeitamos a relevância das pautas defendidas pelas categorias, que refletem a busca por uma reestruturação justa e necessária das carreiras dos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), dos Professores de Educação Básica, Técnica e Tecnológica (EBTT) e a luta por condições de trabalho, pois entendemos que o investimento na educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade socialmente referenciada, praticada nos Institutos Federais, passa, sobretudo, pela valorização das/os Servidores/as.
As gestões dos Campi e da Reitoria, em diálogo com as/os Servidoras/es, certamente encontrarão os caminhos para que não haja interrupção dos serviços essenciais e que o direito à greve não traga maiores impactos às/aos nossas/os estudantes e à comunidade.
Às/Aos estudantes, pais, mães e responsáveis, reafirmamos o compromisso do Ifal em transformar vidas, assegurando às/aos nossas/os estudantes as condições de permanência plena e conclusão com êxito profissional e acadêmico.
Nesse sentido, pedimos a compreensão frente à atual mobilização das/os Servidoras/es públicos da educação que, historicamente, têm lutado para garantir as conquistas e os direitos que refletem na qualidade da formação profissional e no reconhecimento dos serviços prestados à comunidade alagoana pela Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, na qual o Instituto Federal de Alagoas se insere.
A Gestão do Ifal também se compromete em permanecer com o diálogo aberto e colaborativo junto ao Sintietfal e à Comunidade Acadêmica no intuito de preservar o direito de greve das/os Servidoras/es.
Pedimos às/aos estudantes que busquem informações com a Direção-Geral do seu Campus e com a Coordenação do seu curso para saber se suas aulas serão mantidas normalmente ou não, e acerca dos horários de funcionamento do Campus, durante o período de greve.
Ratificamos o compromisso de atuarmos junto ao Ministério da Educação (MEC), ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) para que as negociações avancem o mais breve possível.