A Executiva Nacional do União Brasil decidiu abrir um processo interno que pode levar à expulsão do atual presidente da sigla, deputado federal Luciano Bivar (PE).
Integrantes do partido apresentaram representação com pedido cautelar de afastamento da função e expulsão com cancelamento de filiação de Bivar.
Nos bastidores, há consenso entre eles de que a permanência de Bivar na sigla até a troca da presidência, marcada para 31 de maio, é insustentável e constrangedora.
Eles alegam que Bivar estava “utilizando a estrutura partidária” para “perseguir” o primeiro vice-presidente Antônio de Rueda e familiares, “praticando condutas criminosas de toda ordem”.
Antônio de Rueda alega que Bivar ameaçou de morte sua família.
O caso se agravou após o incêndio que destruiu duas casas de veraneio de Rueda e da irmã dele em Pernambuco.
A Polícia Civil investiga o caso.
Rueda disse que contratou perícia particular e as informações preliminares são de que foi o incidente criminoso.
Eventuais afastamento e expulsão de Luciano Bivar não acontecem de imediato. Bivar terá o prazo de 72 horas para apresentar a defesa, a partir da notificação.
A defesa de Bivar será avaliada e, só então, poderá haver uma decisão cautelar, como o afastamento e a filiação cancelada, o que significa a expulsão dele. Isso será feito em nova reunião da Executiva do partido.
O parecer será feito por um relator a ser definido.
Atual presidente da legenda, Bivar acabou derrotado por um antigo aliado e agora rival, Antonio de Rueda, na eleição nacional da sigla no mês passado.
A instauração do processo é fruto de uma representação movida por parlamentares do partido na Câmara dos Deputados contra Luciano Bivar.
Dezessete parlamentares votaram a favor da instauração do processo; 15 se abstiveram.
Bivar sendo afastado cautelarmente, Antônio de Rueda deve assumir o exercício da presidência do União Brasil, por ser o primeiro vice-presidente da sigla.
Luciana Amaral — CNN / Brasília; Lara Alves — Itatiaia