CPMI do INSS: relator cogita se irregularidades seriam “padrão” de conduta

Questionamento foi ao ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, que prestou depoimento nessa segundo – Gaspar ironizou se era “uma omissão deliberada”
Alfredo Gaspar, durante depoimento do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi: “foi ele quem estava no cargo durante a explosão dos descontos; a verdade é que o povo foi roubado e de quem é a culpa?”, cobrou o relator. (Foto: reprodução)

O relator da CPMI do INSS, Alfredo Gaspar (União) disse que o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, renunciou ao cargo de ministro de Estado em duas passagens diferentes pelo governo PT e perguntou se os casos envolvendo seu nome seriam um “padrão” de conduta, uma omissão deliberada ou se ele atuava apenas de forma figurativa, como uma “rainha da Inglaterra”.

A colocação foi feita no depoimento do ex-ministro, na última segunda-feira (8).

Durante a sessão, o relator da Comissão, fez questionamentos diretos sobre omissões e suspeitas de irregularidades ocorridas no período em que Lupi esteve à frente da pasta, e que geraram o roubo de bilhões nas contas de aposentados e pensionistas.

Gaspar integra a bancada de oposição no Congresso e na CPMI vem desempenhando seu papel na estratégia do grupo de trabalho, em relação ao embate governo e oposição: procurar fazer com que as denúncias possam refletir no governo e fragilizar politicamente a atual gestão federal.

O relator também questionou o ex-ministro sobre a relação com ONGs financiadas pelo Ministério do Trabalho, quando Lupi ocupava a pasta, e sobre notícias de irregularidades a partir de 2023.

Outro ponto abordado foi a menção, em documentos e requerimentos da CPMI, ao irmão do presidente Lula, conhecido como “Frei Chico”.

Alfredo Gaspar perguntou a Lupi se houve encontros com ele em seu gabinete e qual teria sido o teor das conversas.

“Hoje, na CPMI do INSS, foi a vez de ouvir o ex-ministro da Previdência de Lula, Carlos Lupi”.

“Foi ele quem estava no cargo durante a explosão dos descontos”.

“A verdade é que o povo foi roubado”.

“E de quem é a culpa?”

“É isso que a CPMI vai descobrir”.

“Meu papel é cobrar respostas claras e defender a verdade”.

“O Brasil não aguenta mais escândalos repetidos em quem deveria dar exemplo”, afirmou o relator.

A CPMI segue com oitivas e apreciação de requerimentos para avançar nas investigações sobre fraudes em descontos ilegais contra aposentados e pensionistas.

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