Nesta segunda-feira (1º), dia em que o Jornal Nacional comemora seus 56 anos, a edição de aniversário será marcada também pelo anúncio da despedida de William Bonner, o âncora com mais tempo à frente da bancada do JN.
São 29 anos como apresentador e 26 anos acumulando também a função de editor-chefe.
Bonner ficará no comando do telejornal até 3 de novembro, quando César Tralli assumirá o posto de âncora ao lado de Renata Vasconcellos.
Como editora-chefe do JN, assumirá a atual editora-chefe adjunta do JN e parceira de Bonner há seis anos nesta função, Cristiana Sousa Cruz.
E, a partir do ano que vem, William Bonner se juntará a Sandra Annenberg na apresentação do Globo Repórter.
Para estar à frente do Jornal Hoje, foi convidado Roberto Kovalick, e Tiago Scheuer passará a comandar o Hora Um, abrindo o dia com as primeiras notícias.
Há cerca de cinco anos, a Globo e o apresentador e editor-chefe do JN vêm trabalhando juntos e construindo a sua substituição e troca de função.
Bonner manifestou desejo de abrir mão de funções executivas e da atuação no jornalismo diário para ter mais tempo para sua família e atividades pessoais.
“Esse aniversário do JN não tem número redondo, lançamento de livro, série especial de reportagens”.
E, mesmo assim, foi o que consumiu mais tempo para ser preparado”.
“Foram cinco anos, desde a minha primeira conversa com a direção do jornalismo sobre o desejo de reduzir a carga horária e as responsabilidades exigidas pela chefia e pela apresentação do JN”.
“Precisamos superar a fase crítica da pandemia, arquitetar sucessões e preparar sucessores até a data do anúncio das novidades”.
“E, finalmente, podemos todos conversar sobre essas conquistas e movimentos sem reservas”.
“Alguns números ajudam a explicar meu desejo e minha necessidade de mudar de ritmo”.
“São 29 anos e quatro meses de JN”.
“Exatos 26 anos como chefe da equipe de editores, comandando reuniões, avaliando pautas, planejando edições, apresentando as notícias a milhões”.
“Nesse período, tornei-me pai, vi minhas crianças acharem que se tornaram adultos”.
“Mudaram de endereço, até de país”.
“Ser recebido pelo Globo Repórter me deixa honrado e gratíssimo”.
“Todos os meus amigos me ouviram falar do sonho de integrar essa equipe quando pudesse deixar o JN”.
“De todos os programas do jornalismo já existentes quando cheguei à Globo, é o único em que nunca atuei, nem interinamente, em 39 anos”.
“Lembro quando a Sandra Annenberg chegou lá”.
“Amiga de décadas, cúmplice do meu sonho, que era dela também, Sandra me mandou mensagem carinhosa: ‘Cheguei antes, amigo. Te espero aqui!’ Ano que vem, estaremos juntos por lá”.
“O Tralli receberá o carinho e o apoio merecidíssimo que o time do JN sabe compartilhar”.
“E terei prazer de continuar colhendo até lá”, explicou William Bonner, que chegou à Globo em 1986 e já atuou como apresentador do SPTV, do Jornal Hoje, do Fantástico e do Jornal da Globo.
Em 1996, assumiu a bancada do Jornal Nacional e se tornou editor-chefe em 1999. Formado pela ECA-USP, Bonner iniciou sua carreira como redator publicitário e locutor de rádio.
Para César Tralli, o desafio de apresentar o Jornal Nacional é uma honra:
“Eu me sinto extremamente honrado”.
“E ao mesmo tempo desafiado pela responsabilidade desta nova função”.
“Estou na Globo há quase 33 anos e lá atrás, quando ainda era jovenzinho, já fazia reportagens para o JN”.
“Acompanhei a chegada do William na bancada do Jornal Nacional e por muitos e muitos anos fiz matérias especiais para o JN”.
“Portanto, eu recebi o convite e a missão com absoluta felicidade e serenidade”.
“Agora, nunca jamais me passou pela cabeça suceder o William. Meu foco sempre foi o presente”.
“Cumprir muito bem-feito minhas atribuições”.
“Sou muito exigente comigo mesmo”.
“Espero, portanto, honrar a nova missão no JN”.
Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, Tralli começou sua trajetória profissional na Gazeta Esportiva e passou pela rádio Jovem Pan, SBT e Rede Record, antes de ingressar na Globo em 1993.
Aos 24 anos, tornou-se correspondente internacional, atuando em Londres por cinco anos.
Foi âncora do SPTV 1ª Edição por uma década e depois assumiu o Jornal Hoje e o Jornal GloboNews – Edição das 18h.
Futura companheira de Tralli na apresentação do Jornal Nacional, Renata Vasconcellos destaca a sorte de poder trabalhar com profissionais que representam o melhor do telejornalismo brasileiro:
“Depois de mais de uma década de parceria incansável com William Bonner na bancada do Jornal Nacional, é com um imenso prazer que eu recebo César Tralli nessa nova etapa”.
“Que sorte a minha poder trabalhar com profissionais que representam o melhor do telejornalismo brasileiro. Ao Bonner, minha gratidão emocionada pela confiança, pelo aprendizado e pela inspiração. Na sua ética do trabalho e na sua coragem”.
“Ao Tralli, minhas boas-vindas com a certeza confortante do que virá: parceria dedicada, competente e cheia de sensibilidade”.
Cristiana Sousa Cruz, editora-chefe adjunta do Jornal Nacional, atuando ao lado de William Bonner nos últimos seis anos, será a próxima editora-chefe do telejornal.
“Assumir o comando do Jornal Nacional é uma grande honra”.
“E receber essa missão nos 60 anos da TV Globo tem um significado muito especial para mim”.
“É a realização de um sonho profissional”.
“Trabalho na empresa há 29 anos; fui produtora e editora, no Bom Dia Brasil e no Jornal Nacional”.
“Ocupei cargos de chefia na produção da Rede, no escritório da Globo em Nova York e na redação de programas da GloboNews, há seis anos, sou editora-chefe adjunta do JN”.
“Tenho o prazer de trabalhar com uma equipe incrível de jornalistas, no Brasil e no exterior”.
“Profissionais competentes, experientes e apaixonados por esse nosso ofício tão relevante”.
“Nós temos um compromisso histórico: levar informação de qualidade aos milhões de telespectadores do JN”.
“Sempre. Agradeço muito à Globo por esta oportunidade tão honrosa”.
“Muito obrigada à direção de Jornalismo, pela confiança”.
“Minha gratidão e meu carinho especial ao Bonner, amigo da vida toda, meu parceiro de trajetória”.
“Obrigada, obrigada”.
“Brilhe muito no Globo Repórter, ao lado da nossa amiga querida e multitalentosa Sandra Annenberg”.
“À Renata Vasconcellos, parceira competente e incansável, dentro e fora da bancada, e ao César Tralli, profissional exemplar, companheiro de longa data: que alegria ter vocês ao meu lado nesta nova jornada. Vamos juntos!”, disse Cristiana.
Renata Vasconcellos também exaltou a parceria das duas:
“Cristiana Sousa Cruz, profissional comprometida, que lidera há seis anos o JN como editora-chefe adjunta e agora assume a chefia editorial, tem de mim um inabalável compromisso de trabalho e união”.
“O principal telejornal do país continua sua trajetória de excelência, honrando o jornalismo profissional e sua maior missão: bem informar o telespectador”.
À frente do Globo Repórter, Sandra Annenberg não esconde a alegria de passar a trabalhar ao lado de seu grande amigo:
“Estou muito feliz com a chegada do William ao Globo Repórter! Somos amigos de longa data e voltaremos a trabalhar juntos”.
“A vinda dele vai acrescentar muito à equipe e, claro, ao programa”.
“Vai ser maravilhoso apresentar o Globo Repórter ao lado de um profissional com a história e a importância do William Bonner”.
Roberto Kovalick, que vai assumir a bancada do Jornal Hoje, lembra a sua relação histórica com o telejornal:
“Vou ter a oportunidade de colaborar com o jornal usando tudo que aprendi ao longo da minha carreira de repórter, como correspondente durante 10 anos, e, também, como apresentador e editor-chefe do H1”.
“Tenho uma longa relação com o JH e muito carinho pelo jornal”.
“Algumas das reportagens que mais marcaram minha vida de repórter foram ao ar no JH, como a primeira reportagem completa sobre o tsunami no Japão em 2011”.
“Foi um exemplo da essência do jornal: contamos a história que estava acontecendo”, contou Kovalick, que apresenta o Hora 1 desde 2019.
Tiago Scheuer destaca a responsabilidade de fazer o primeiro noticiário do dia a partir de novembro.
“Estou muito feliz em assumir mais este desafio, podendo dar bom dia aos brasileiros e noticiar como todas as regiões estão amanhecendo”.
“O Hora 1 sempre foi um jornal vivo, dinâmico e que ajuda milhões de brasileiros a acordarem sabendo as principais notícias do Brasil e do mundo. Saio com ou sem guarda-chuva?”
“A previsão do tempo vai te dizer. Será que meu time venceu?”
“Assunto para o esporte”.
“Qual a principal notícia do dia?”
“Também estaremos a postos para informar”.
“É uma grande responsabilidade, ao lado de uma equipe engajada, dar o pontapé inicial nas notícias pelos quatro cantos do país”.
“Não vejo a hora de acordarmos juntos, e sempre muito bem-informados!”.
O diretor-geral de Jornalismo da Globo, Ricardo Villela, reforça o respeito à relação de confiança com o público no planejamento das mudanças:
“Na Globo, mudanças dessa magnitude são planejadas com um foco prioritário: nossa conexão com os brasileiros”.
“Sabemos que o hábito de se informar pelos telejornais da Globo é uma escolha individual, tomada todos os dias, por nossos milhões de telespectadores”.
“Essa escolha tem tudo a ver com confiança, numa relação conquistada pela dedicação de mais dos 4.500 jornalistas da Globo e afiliadas, e que encontra nos âncoras a interface final com o público”.
“É nesta última etapa, quando os apresentadores levam as notícias aos brasileiros, que se materializa a conexão essencial entre o jornalismo da Globo e o país”.
“Por tudo isso, mudanças na apresentação dos telejornais são tratadas com muita responsabilidade por aqui”.
“É reconfortante olhar para o time da Globo e encontrar os profissionais com o talento, a experiência, o compromisso com os valores do jornalismo profissional e a história de diálogo com o público essenciais a esse papel fundamental”.
“Agradeço a William Bonner, César Tralli, Roberto Kovalick e Tiago Scheuer por aceitarem com entusiasmo a renovação do nosso compromisso nas novas posições”.
“A Renata Vasconcellos e Sandra Annenberg por acolherem os colegas César e William, respectivamente”.
“E a Cristiana Sousa Cruz por assumir a imensa responsabilidade de liderar a partir de novembro o jornal de maior audiência do mundo democrático”, disse Ricardo Villela.
Os próximos dois meses serão dedicados às providências necessárias para as movimentações e à definição das substituições na GloboNews.
Até o dia 3 de novembro, todos seguem à frente de seus respectivos telejornais.
Redação G1