Rede municipal de ensino em greve por melhores salários

Para os responsáveis pela paralisação, movimento “escancara o caos da educação pública na gestão JHC em Maceió”
Mobilização da última segunda-feira (5), em frente ao prédio da Prefeitura de Maceió: para responsáveis pelo movimento “falta diálogo, transparência e, principalmente, vontade política para garantir o mínimo de dignidade aos profissionais da Educação e às crianças”, dizem. (Foto: reprodução / divulgação)

O primeiro dia de greve das trabalhadoras e dos trabalhadores da rede pública municipal de Educação de Maceió, nessa segunda-feira (5), foi marcado por uma forte mobilização em frente à sede da Prefeitura, no bairro do Jaraguá.

Em protesto contra o descaso da gestão do prefeito João Henrique Caldas (JHC), a categoria levou faixas, cartazes e vozes firmes para cobrar valorização salarial, pagamento de progressões e biênios retroativos, retorno do transporte escolar e melhorias nas condições de trabalho e estudo.

A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), denunciou a precarização da educação pública na capital.

“Os profissionais da Educação estão nas ruas para denunciar a desvalorização promovida pela gestão de JHC”.

“Enquanto a prefeitura gasta milhões com shows e eventos com artistas nacionais, a educação em Maceió pede socorro e não é sequer atendida pelo prefeito”, afirmou Izael Ribeiro, presidente do Sinteal.

Mesmo com as vias próximas à Prefeitura bloqueadas, os manifestantes permaneceram firmes.

“Debaixo de sol ou de chuva, a nossa categoria está presente. É uma vergonha o que vem sendo feito pela gestão do prefeito JHC, que disse durante a sua campanha que todos eram professores”.

“Onde está o prefeito agora, que não ouve a classe trabalhadora da Educação?!”, questionou a vice-presidente do sindicato, Consuelo Correia.

A Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT/AL) também marcou presença no ato, reforçando o apoio à greve. Lenilda Lima, representante da entidade, criticou a omissão da Prefeitura:

“Estamos aqui e não sairemos da luta enquanto a Prefeitura de Maceió insistir em não apresentar uma proposta de valorização dos profissionais da Educação”.

“É inadmissível o descaso de JHC para com educadores e estudantes”.

No fim da manhã, uma comissão formada por dirigentes do Sinteal e trabalhadores foi recebida por representantes da gestão municipal na sede da Secretaria Municipal de Gestão (SEMGE).

Na reunião, foi discutida uma nova proposta para a categoria, que será apreciada em assembleia extraordinária, marcada para esta terça-feira (6), às 14h, no Centro Cultural do Sinteal.

A greve revela um cenário de caos instaurado na educação pública de Maceió durante a gestão JHC.

Falta diálogo, transparência e, principalmente, vontade política para garantir o mínimo de dignidade aos profissionais da Educação e às crianças que dependem da rede pública.

Enquanto o prefeito se distancia das reivindicações básicas, a categoria permanece nas ruas, resistindo e exigindo respeito.

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