Risco de afundamento da Mina 18 é de 72%, diz Defesa Civil

Autoridades não dimensionaram consequência de colapso para outras minas da região
Postagem em perfil do apresentador, com trecho da entrevista (por telefone concedida pelo coordenador de Defesa Civil dizendo que há risco iminente de afundamento: 72%. (Foto: reprodução)

O coordenador da Defesa Civil Estadual, Cel.BM Moisés Melo, afirmou que as possibilidades de colapso da mina 18 são de 72%.

A estimativa foi feita em entrevista ao programa Antena Manhã (da Rádio Antena 7), nesta quinta-feira (30).

Na entrevista aos apresentadores Abidias Martins e Tayla Paiva, o coordenador disse que “numa escala de zero a dez”, a projeção de colapso está no percentual citado.

“Famílias que ainda vivem na região afetada pela mineração em Maceió deixaram suas casas depois do alerta de que uma imensa cratera poderia se abrir no Mutange, com o colapso da mina da Braskem”, escreveu o apresentador, em postagem em sua rede social, repercutindo a declaração.

Na mesma entrevista, o responsável por um dos órgãos de controle e acompanhamento da situação na região acrescentou outros elementos da gravidade da situação:

“Isso era no começo da noite de ontem [29/11], imagino que esse movimento continua acelerado – é o que apontam os estudos”, acrescentou o coordenador da Defesa Civil.

Desde o fim da tarde, começo da noite desta quarta-feira (29), autoridades se mobilizam para emitir alerta de evacuação.

Também foram realizadas operações com o mesmo objetivo de retirar pessoas que ainda permaneciam na área, remoção de moradores e seus bens e até de pacientes de um hospital situado próximo à área de risco mais elevado.

A remoção causou reações indignadas entre moradores.

Também por meio de postagens nem rede sociais, alguns colocaram que há meses vêm solicitando a retirada – mas, mediante pagamento de valores justos pelos imóveis que estão deixando.

Mas, que até o momento, não tinham sido atendidos.

No entanto, no meio ou fim da noite dessa quarta-feira, foram surpreendidos por equipes da Defesa Civil, acompanhados por guarnições da PM (além de veículos de carga, para remoção da mobília), tendo que deixar suas casas às pressas.

“Teremos um dano ambiental gigantesco, não sabemos se vai irradiar para outras minas; trabalhamos com todas as possibilidades”, acrescentou o coordenador da Defesa Civil, Cel.BM Moisés Melo, à entrevista ao programa Antena Manhã.

Com informações – entrevista ao programa Antena Manhã

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