Tratamento dedicado à parada, nesse domingo, repercute e segmentos criticam prefeitura

Deputado federal se disse indignado; procuradora do Estado discursou em trio e – árvore apagada foi vista como preconceito
Imagens da indignação: discurso da procuradora-geral do Estado, em meio à parada (nesse domingo), e nota em rede social, de coordenador da bancada federal de AL no Congresso (já nesta segunda-feira). (Foto: reprodução)

A Parada LGBTQIAP+, que motivou acirramento antes mesmo de começar, continuou a provocar reações – agora, à forma como foi tratada pela Prefeitura de Maceió.

O deputado federal Paulão (PT), postou mensagem, mesmo estando fora do Brasil, em viagem oficial, e portais e redes sociais repercutiram o discurso da procuradora-geral do Estado, Samya Suruagy do Amaral.

No trio da organização, e ao lado do presidente do Grupo Gay de Alagoas, Nildo Correia, ela conclamou os presentes a se mobilizar por seus direitos.

Pela manhã, nesse domingo (26), Nildo chegou a ser levado por uma guarnição da GCM de Maceió, em meio à disputa jurídica para manter ou proibir o evento.

Durante a tarde, o deputado federal Paulão postou em rede social texto criticando a atitude dos gestores da capital.

“Mesmo distante de Maceió, cumprindo uma agenda diplomática no Uruguai, pelo Parlasul, não posso deixar de expressar minha absoluta indignação com o ato vergonhoso protagonizado pela prefeitura, que tentou barrar a Parada LGBTQIAP+ e apagou as luzes do “Natal para Todos Nós” no exato momento da passagem da parada”, escreveu.

“Um absurdo e um total desrespeito”, acrescentou.

“Solidarizo-me veementemente com Nildo Correia, presidente do Grupo Gay de Alagoas, que foi injustamente detido”, acrescentou o parlamentar.

“O que JHC fez é um ultraje à democracia e uma afronta à liberdade de expressão”.

“É inconcebível essa tentativa de cercear um movimento legítimo em defesa da diversidade”, enfatizou.

“É preciso estarmos vigilantes e sermos enérgicos na defesa da democracia, do respeito e da igualdade e da equidade social. Seguiremos lutando incansavelmente pela diversidade e pelo direito de ser quem se é”, concluiu a postagem.

Discurso

De acordo com matéria da página eletrônica do Jornal de Alagoas, para a procuradora-geral do Estado, “a batalha judicial promovida pela Prefeitura de Maceió para que o evento não acontecesse no local combinado foi caso de preconceito, citando, inclusive, que a árvore de natal estava com a luz apagada e sugerindo que o ato foi proposital”.

Samya disse que acompanhou de perto o entrave jurídico que atrasou a programação da Parada desde que Nildo Correia, presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL) a procurou.

‘’Quantas noites eu acordei e disse para a minha esposa, ‘amor, eles vão recorrer para proibir a nossa saída’, e ela dizia, ‘eu não acredito’, e eu afirma ‘acredite, pois eles não prestam’’, afirmou Samya sem especificar nomes.

Om presidente do GGAL disse que a atuação da procuradora foi essencial para que a parada acontecesse.

Sem citar nomes, declarou ‘bater em mulher não justifica, abrace a mulher se você ama”, passagem que provocou forte reação popular de apoio, com aplausos.

Ainda segundo a página eletrônica, a “voltou a falar da família”, reafirmando que há respeito mútuo.

‘’Tenho outra filha que é lésbica, e nós somos bem resolvidas. Se resolvam, para poder cuidar do povo, se resolvam, não fiquem no armário não, porque vocês são infelizes, sejam pessoas honestas e decentes’’. A procuradora é casada com Maria Ingrid.

Com Jornal de Alagoas

Leia também