O espaço reprodução matéria da página eletrônica do portal UOL, sobre a retomada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de julgamento que pode levar o ex-presidente Collor para a prisão.
Segue abaixo a íntegra do texto:
O STF (Supremo Tribunal Federal) retomará nesta sexta-feira (1º) o julgamento de um caso da Operação Lava Jato que pode levar o ex-presidente Fernando Collor à prisão.
O julgamento retornará com o voto do ministro Gilmar Mendes, que pediu vista em junho.
Collor foi condenado, em maio do ano passado, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um esquema envolvendo a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
A acusação, apresentada em 2015 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou que o ex-presidente recebeu R$ 20 milhões em propinas de uma empreiteira interessada em obter contratos com a BR Distribuidora, que, à época, era controlada por indicações do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ao qual Collor era filiado.
O relator do caso, ministro Edson Fachin, inicialmente propôs uma pena de 33 anos e 10 meses de prisão.
Além de Collor, os empresários Pedro Paulo Bergamaschi e Luís Pereira Amorim também foram condenados.
O ex-presidente e os empresários negam todas as acusações.
Nesta etapa, a votação retornará para a análise dos embargos de declaração, recurso em que a defesa de Collor alega contradições na condenação – o que inclui a suposta prescrição do crime de corrupção passiva.
Se a prescrição for confirmada, a pena de Collor poderá ser reduzida de oito para quatro anos.
A defesa de Collor argumenta que, durante o julgamento no plenário, houve divergências entre os ministros sobre a pena por corrupção passiva, o que indicaria que a menor das penas discutidas, e não a imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, deveria prevalecer.
Até o momento, Moraes e Fachin votaram pela manutenção da condenação do ex-senador alagoano. Para Moraes, o recurso apresentado pela defesa busca apenas rediscutir pontos já decididos.
Em oposição, o ministro Dias Toffoli defende que a pena de Collor seja reduzida em seis meses.
Toffoli argumenta que essa medida refletiria a média dos votos de todos os ministros no julgamento da ação penal, procedimento que, segundo ele, seria o mais adequado.
UOL – citando Estadão Conteúdo / São Paulo