Braço empresarial do G20 fala de desafios de ampliar tecnologias digitais

No encontro da cúpula em Maceió e que reuniu vários países, uma das pautas foi o desenvolvimento comercial e social
Encontro do B20 realizado em Maceió discutiu disparidades na aplicação da tecnologia: enquanto novas tecnologias avançam e transformam a forma de o mundo se conectar, muitos países ainda enfrentam problemas como a fome. (Foto: reprodução / Yuri Melo / G1)

O uso da tecnologia como meio catalizador da transformação social foi tema discutido por representantes do B20 (braço empresarial do G20) durante encontro em Maceió.

Representantes de vários países debateram formas de democratizar o avanço digital para torná-lo algo acessível para todos.

Em entrevista ao G1 / AL (responsável por esta reportagem), o chair da Força Tarefa da Transformação Digital do B20, Fernando de Rizzo, ressaltou a importância de colocar as tecnologias digitais a serviço da sociedade.

“O que a gente espera é que seja possível diminuir as diferenças no mundo, a desigualdades nas nações mais pobres do G20”.

“Para que mais pessoas tenham acesso à escola, habitação segura, saneamento, e que a tecnologia ajude a promover tudo isso”, disse.

De Rizzo destacou também a necessidade de aplicar as novas tecnologias em diferentes setores.

“Existe uma noção de que o mundo virtual está distante do mundo físico”.

“O mundo físico é levar saneamento para as pessoas, alimento barato, criar empregos de qualidade”.

“O digital permite isso, permite gerar novos empregos, capacitar melhor as pessoas”.

“É um esforço focado em toda melhoria que pode ser trazida para sociedade”.

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Enquanto as novas tecnologias avançam em ritmo acelerado e transformam a forma como o mundo se conecta, muitos países ainda enfrentam problemas como a fome.

Estima-se que mais de 700 milhões de pessoas se encontram hoje em extrema pobreza.

Para Daniel Moraes, deputy chair da Força Tarefa de Transformação Digital do B20, há uma preocupação constante em diminuir o abismo de oportunidades e democratizar o acesso à tecnologia, seja de forma direta ou indireta, como o avanço e prestação de serviços de saúde e educação.

“Como é que a gente pode educar essas pessoas, trazer conhecimento e habilidade para que essa tecnologia seja um campo de oportunidade, seja no trabalho, seja no lazer, seja na educação?”

“Bom, a gente tem diferentes realidades, muito pela característica de cada país”.

“No Brasil, a gente já tem uma penetração muito grande de acesso à internet, mas quando você olha o todo, todo mundo ainda tem muitos desafios pela frente”, afirmou.

Os temas discutidos por membros do B20 durante passagem pelo Brasil serão levados em forma de propostas e recomendações à cúpula do G20, que reúne 19 países da União Europeia e União Africana, em encontro marcado para novembro no Rio de Janeiro, onde líderes das maiores economias do planeta se encontram.

Vivi Leão — G1 / AL

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