Começa nesta segunda-feira (17) o julgamento de quatro dos sete acusados pelo assassinato do ativista político Kleber Malaquias.
Entre os envolvidos, há agentes e ex-agentes da segurança pública.
O crime aconteceu em Rio Largo, região metropolitana de Maceió, em 2020.
O Júri foi transferido para a capital por questões de segurança.
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) denunciou os réus por homicídio duplamente qualificado – impossibilidade de defesa da vítima e promessa de recompensa pelo crime.
O julgamento deveria ter ocorrido em julho do ano passado, mas foi adiado após a descoberta de uma fraude processual, na qual um delegado e um agente da Polícia Civil, em conluio com os réus e uma testemunha, inseriram provas falsas no processo para atribuir o crime a um policial já falecido.
O esquema foi revelado pelo MP-AL em parceria com a Polícia Federal.
Diante da complexidade do caso e do envolvimento de agentes da segurança pública, o júri foi transferido de Rio Largo para Maceió por questões de segurança.
“Estamos falando de um crime de mando, praticado com auxílio de policiais”.
“Por isso, o julgamento foi desaforado para a capital”, explicou a promotora de Justiça Lídia Malta.
Assassinado no dia do aniversário
Kleber Malaquias foi morto a tiros no dia 15 de julho de 2020, data de seu aniversário, dentro de um bar em Rio Largo.
Conhecido por denunciar políticos e repassar informações à polícia e ao MPAL, ele teria sido executado como represália por essa atuação.
O Ministério Público segue investigando o caso para identificar o mandante do crime.